Obras inacabadas no país geram perdas de R$ 1 tri e Venâncio está na lista

Guilherme Siebeneichler
dezembro27/ 2016

Que o país tem perdas significativas com obras públicas inacabadas, todos sabem, mas não que a conta era tão grande. Estimativa da Comissão Especial de Obras Inacabadas (CEOI), da Câmara dos Deputados, aponta que o país perdeu R$ 1 trilhão nos últimos cinco anos. Venâncio Aires está na lista com os investimentos federais da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), em construção há seis anos no bairro Morsch.

A previsão inicial do Ministério das Cidades era de investir no espaço R$ 8 milhões. Entretanto, com atrasos, reajustes e aditamentos, a obra já consumiu cerca de R$ 10 milhões, segundo o levantamento. No projeto também estão incluídas a rede coletora, ligações prediais e estações de bombeamento sanitárias.

A proposta da comissão parlamentar é fiscalizar, junto com o Tribunal de Contas da União (TCU), mais de 1,7 mil obras no país. Deste total, o levantamento do órgão fiscalizatório aponta que 73,9% possuem irregularidades graves na execução. O relatório feito pelos deputados da comissão é preliminar e um novo será apresentado até junho de 2017.

CONCLUSÃO
A execução da ETE está sendo realizado pela Companhia Riograndense de Abastecimento (Corsan). O início das operações da unidade está programado para março de 2017. A previsão era de entregar a unidade ainda em 2014, após quatro anos de obras. O espaço permitirá tratar o esgoto sanitário do município e despejar no arroio Castelhano, sem poluir. Inicialmente 30% das residências serão ligadas a rede coletadora. Mas uma licitação com R$ 15 milhões de investimentos é programada e ampliará a coleta para as regiões, central, oeste e leste da cidade.

RETOMADA
O Governo Federal promete para o próximo ano priorizar investimentos inacabados nos setores de energia, saúde e educação, os principais paralisados. A previsão da equipe de planejamento é de injetar mais de R$ 2,08 bilhões, o que permite retomar até 1,6 mil obras em 1.073 municípios.

CRÉDITO DA FOTO: Divulgação/AI PMVA

Guilherme Siebeneichler