Negociação do preço da safra de tabaco tem pré-agenda para dias 26 e 27

Olá Jornal
janeiro20/ 2021

A negociação do preço do tabaco para a atual safra está pré-agendada para os próximos dias 26 e 27. A discussão começará após a rodada de reuniões entre entidades representativas dos produtores e empresas para alinhamento do custo de produção iniciada no dia 12 deste mês. O último ciclo de encontros ocorre nesta quarta-feira, 20, às 8h30min com a Alliance One e às 10h com a JTI.

De acordo com o segundo secretário da Afubra, Adriano da Cunha, as reuniões têm sido positivas na busca pelo alinhamento nos valores que consiste em compreender as metodologias que cada parte pratica e aproximar os números. “Conseguimos avançar em alguns pontos e fazer os encaminhamentos necessários para a negociação futura”, avalia.

DIFERENÇAS
A diferença nos valores apresentados pelas empresas para o custo de produção ficou entre 2% a 4%. O presidente da Afubra, Benício Werner, explica que os dois itens que tiveram a maior discrepância foram a mão de obra e insumos. O peso da mão de obra no custo produção varia de 53% a 56%, e dos insumos chega a 18%.

Segundo Werner, a composição do custo da mão de obra é a mais complexa pois está presente em várias fases na produção na lavoura com custos diferentes. O serviço aparece no número de horas trabalhadas no viveiro de mudas, na preparação solo, nos estratos culturais, na colheita e na classificação. Esse detalhamento muda conforme as regiões e, em alguns casos onde há forte representação de produção como Canguçu, São Lourenço e Venâncio Aires, pesa mais.
Além disso, a diferença no custo da mão de obra contratada e do produtor era um ponto de conflito, o que já foi solucionado nesta safra com as empresas que tinham uma forma diferente de remunerar com índice de inflação. “O que ficou definido é remunerar de acordo com a metodologia de cálculo do custo operacional de produção o que não estava sendo observado por algumas empresas, e isso foi clareado. Todas empresas estão obedecendo o mesmo cálculo, será o mesmo preço para contratado ou produtor”, afirma Werner.

O presidente da Afubra ainda ressalta a importância desse momento da negociação, considerado fundamental para a definição do preço na próxima fase de rodadas de reuniões. Na safra passada, as empresas apresentaram valor inferior ao custo de produção por elas levantado, variando de 2,1% a 2,85% os reajustes propostos. Uma não apresentou nem o custo e nem proposta de negociação, o que levou a falta de acordo entre as partes. “A variação do custo de produção principalmente é o percentual que depois é colocado em cima da tabela de preço para a próxima safra 2020/21”, avalia Werner.

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