Morte de morador de rua reacende necessidade de programas sociais

Guilherme Siebeneichler
junho02/ 2016

No domingo, 29, a população venâncio-airense soube que outro morador de rua tinha morrido na praça Evangélica. O fato se junta ao ocorrido no dia 18 de dezembro, quando um andarilho foi encontrado morto no mesmo local. A secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social mantém junto com a rede de saúde ações de apoio a esta população. Atualmente circulam pelas ruas 10 pessoas já identificadas e que não querem abandonar esta rotina.

O caso do fim de semana envolvendo a morte de Gilberto Marcos dos Santos, 34 anos chama atenção pela situação de vulnerabilidade que esta parcela da população vive. O Betinho foi encontrado enterrado em um monte de areia, com a cabeça para fora. Também havia ferimentos na boca e os cadarços do tênis estavam amarrados um ao outro. A Prefeitura providenciou a sepultamento após contato com familiares.

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) mantém o acompanhamento deste moradores e identificou que a maioria veio de outros municípios. “São pessoas que possuem algum tipo de vicio e não querem o apoio para sair deste contexto,” argumenta Claidir Neli Kerkhoff Trindade, secretária de Desenvolvimento Social.

REDE DE APOIO

Aliando os espaços de saúde pública existentes no município, a rede de assistência composta pelo CAPS, CAPS AD, CRAS e CREAS garantem o trabalho de apoio. As assistentes sociais da prefeitura percorrem o município buscando informações sobre os moradores de rua e fomentando a proposta de recuperação social. “Temos além da rede pública de apoio para a dependência química e tratamento psicológico, convênios com clínicas para reabilitação em outras cidades,” explica Claidir.

ALBERGUE

Apesar dos esforços, assistentes sociais e gestores da secretaria concordam que uma solução mais efetiva dependem de políticas nacionais de apoio e suportes a estes moradores, além da construção de um albergue público. O projeto não tem saído do papel por falta de recursos públicos para implantar no município. Até 2014 a prefeitura mantinha auxílio financeiro para a manutenção de um espaço de repouso e alimentação mantido por entidade religiosa, porém o contrato foi descontinuado.

Guilherme Siebeneichler