Moção de repúdio por fala de vereador gera discussão

Guilherme Siebeneichler
junho01/ 2016

Na sessão do dia 23 de maio o vereador José Arnildo Camara questionou a indicação do prefeito Airton Artus do nome de Deizimara Souza para a secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. O assunto ganhou repercussão na comunidade e na bancada feminina do Legislativo de Venâncio Aires. Com acusações de atos machistas e de desrespeito pelas mulheres, Cleiva Heck e Ana Cláudia do Amaral Teixeira, ambas do PDT, encabeçaram uma moção de repúdio, aprovada nesta semana, contra a fala do vereador do PTB.

Em sua defesa, Camara afirmou que houve má interpretação da sua fala. Nesta segunda-feira, 30, o vereador afirmou que o movimento pela moção é político. “Estão fazendo disso um palanque político. Foi uma palavra mal colocada e estou questionam a gestão pública, têm nomes dentro da secretaria que podem ser colocado também.”

Em defesa do documento, Cleiva afirmou que há preconceito com o gênero feminino em diversas discussões do Legislativo. “Palavras proferidas não voltam mais. Preconceito e discriminação as mulheres enfrentam todos os dias. Isso é também para marcar a defesa das mulheres.”

Já Ana Cláudia destacou a necessidade de respeito as diversidades dentro do poder público. “É uma questão de respeito. Não é a primeira vez que o vereador falta com respeito a uma mulher aqui na Câmara.”

COMISSÃO DE ÉTICA

O vereador Telmo Kist (PSD) defendeu o direito a defesa de Camara, afirmando que os meios utilizados não foram corretos. “Uma moção de repúdio não é o caminho. Na minha opinião o vereador deveria ter ido para a comissão de ética e ter a oportunidade de se defender.”

Vilson Gauer (PT) também questionou a forma que a Mesa Diretora colocou em votação a moção sem seguir os trâmites burocráticos. “Estou de acordo em parte. Há um interesse político e eleitoral contra o Arnildo.”

A moção de repúdio foi aprovada pela maioria dos vereadores, porém com votos contrários de Educardo Kappel (PP), Cândido Faleiro (PT), Gauer, Camara e Renato Gollmann (PTB).

Guilherme Siebeneichler