Ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira defende a proteção dos empregos na abertura da Colheita do Tabaco

Guilherme Siebeneichler
outubro28/ 2017

“A defesa do setor do tabaco ultrapassa os aspectos técnicos. Quando as barreiras ideológicas se manifestam e se escondem nos conselhos, em instituições e órgãos, e aparentemente condizem com o que chamamos hoje de politicamente correto, isso acaba por atrapalhar a proteção dos empregos brasileiros e a dignidade das pessoas. O produtor Alcir dá o exemplo de que é possível viver com dignidade plantando tabaco”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, durante a primeira edição da Abertura da Colheita do Tabaco, que reuniu cerca de 400 pessoas, entre autoridades, lideranças do setor e produtores na propriedade de Antônio Alcir Coutinho, na localidade de Estância Nova, em Venâncio Aires (RS), nesta sexta-feira (27).A iniciativa, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul, contou com o apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Prefeitura de Venâncio Aires.

“É por meio da parceria entre indústrias e produtores que essa grande cadeia produtiva se sustenta, permitindo um produto de qualidade que coloca o Brasil em destaque no ranking mundial de produção e exportação de tabaco”, ressaltou o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke. “Sempre tivemos apoio do governo gaúcho, o que infelizmente não ocorre em todo o país. Esse será um dia para ficar na história do setor”, comemorou o presidente da Afubra, Benício Albano Werner.

O evento em Venâncio Aires antecipou as comemorações do Dia do Produtor de Tabaco, comemorado em 28 de outubro. Considerada uma das atividades agroindustriais de maior importância econômica e social da região Sul do Brasil, a produção de tabaco está inserida em cerca de 600 municípios, envolvendo 150 mil pequenos agricultores integrados, com aproximadamente 600 mil pessoas envolvidas no meio rural. Do tabaco produzido na região Sul, 90% são destinados à exportação, que, em 2016, atingiu US$ 2,12 bilhões de dólares. O tabaco representa 10% das exportações totais do Rio Grande do Sul. Venâncio Aires é o segundo maior produtor do Rio Grande do Sul, atrás apenas de Santa Cruz do Sul.

Guilherme Siebeneichler