Venâncio Aires gasta por mês cerca de R$ 450 mil com o recolhimento de lixo no município. A meta da Prefeitura é reduzir os investimentos com o serviço, a partir de ações educacionais, de incentivo e orientação. Reciclagem e compostagem são os caminhos adotados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente para colaborar com a redução de despesas e melhorar o sistema de coleta dos resíduos sólidos.
Mas para garantir economia de despesa a participação popular será fundamental para diminuir os custos operacionais do sistema de lixo. Pelo menos, essa é a visão do secretário da Semma, Clóvis Schwertner, que garante a retomada de campanhas para incentivar a comunidade a separar o lixo e criar composteiras domésticas. “Queremos organizar a cadeia, desde o recolhimento até a destinação. A separação é fundamental para otimizar a reciclagem. Isso passa pela educação e o incentivo a participação.”
Diariamente são recolhidas 32 toneladas de resíduos sólidos em Venâncio Aires. A maior parte segue para aterros sanitários na cidade de Minas do Leão. São 10% dos materiais reciclados na Usina de Triagem de Lixo, por catadores e programas sociais, entre eles o Projeto Minuano. Já a parte orgânica, 50% segue para aterros. A meta da prefeitura é de reduzir 20% em até dois anos, gerando economia de R$ 1 milhão.
REGIÃO
Outra alternativa é a regionalização dos serviços de reciclagem e destinação dos resíduos. Por meio do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) os municípios da região farão um diagnóstico da situação dos resíduos. Segundo o prefeito e presidente do grupo, Giovane Wickert (PSB), o primeiro passo será averiguar como as cidades da região estão atuando na gestão do lixo.
“O consórcio contratará uma consultoria para analisar toda a situação e buscar alternativas. A reciclagem é sem dúvidas um método eficiente e econômico. Economia de despesas com o gerenciamento do lixo é uma pauta corriqueira entre todos os municípios,” destaca.
OPORTUNIDADE
O secretário e o gestor municipal avaliam a regionalização dos serviços também como oportunidade de novas receitas. A iniciativa busca construir uma nova usina de reciclagem ou ampliar a unidade de Linha Estrela. “Ficaria entre Venâncio e Santa Cruz, que são as cidades que mais geram lixo, também são as maiores. Juntas recolhem por dia 120 toneladas de resíduos,” comenta Schwertner.
Já Wickert estima que se o espaço for erguido em território venâncio-airense, novos tributos serão gerados. “Perdemos dinheiros com o lixo, quando na realidade podemos ganhar. Vamos buscar alternativas para ficar com essa riqueza.”
MUDANÇAS
Aliado aos projetos futuro de incentivo pela reciclagem, o governo municipal prepara mudanças na coleta mecanizada. O sistema de contêineres, implantado em 2010, será reduzido. A secretaria cortará despesas e garantirá economia de 12,5%. Das atuais 250 unidades instaladas, serão reduzidas 90. A previsão é de economizar até R$ 60 mil por mês. O prefeito garante que assumirá a questão e renegociará valores.
