Mais de 200 pessoas participam de manifestação contra PEC 241 em Venâncio

Fernando Uhlmann
novembro11/ 2016

Seguindo o movimento Nacional, intitulado “Nenhum Direito a Menos” – que prevê greve e paralisação em todo o país -, representantes de diversos movimentos sindicais realizaram uma mobilização em Venâncio Aires na última sexta-feira, 11. O ato foi liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) com auxílio de outras centrais sindicais e reuniu mais de 200 pessoas.

Contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, educadores, alunos, sindicalistas e comunidade percorreram as ruas Tiradentes e Osvaldo Aranha munidos de cartazes e banners com enunciados de “Fora Temer”, “Fora Sartori”, “Nenhum Direito a Menos” e “SOS Educação”, além de distribuição de material informativo. O ato foi encerrado com uma aula pública na Travessa São Sebastião Mártir.

Reivindicações

Conforme um dos participantes e membro do Sindicato dos Metalúrgicos de Venâncio Aires, Sérgio Roberto, as manifestações são necessárias para mostrar que “estamos [referindo-se a classe dos trabalhadores, educadores e estudantes] em desvantagem”. Para o presidente regional do Centro dos Professores do Estado do RS, Renato Aldo Müller, a PEC 241 representa um prejuízo a todas as classes trabalhistas. “Se a PEC da morte passar, vai desencadear uma série de reformas que atingirão todos. Desde o cidadão de fábrica, até o comércio e grandes empresas”, relata.

Segundo o Coordenador da CUT Regional e Presidente do Sindicato do Calçado e Vestuário, João Émerson Dutra, a população precisa entender as consequências da Proposta de Emenda à Constituição 55 e outros projetos que prejudicam a todos. O movimento objetiva pressionar senadores e políticos em geral contra a aprovação da reforma da previdência, desmonte da CLT, privatizações, PEC 55 (aprovada na Câmara como 241) – que limita repasse de valores nas áreas da educação e saúde por 20 anos. Além disso, no material entregue durante a mobilização na Capital do Chimarrão consta o objetivo dos protestos em defesa do Pré-Sal e Petrobras, combater a MP 746, que trata da reforma do Ensino Médio, e o PL 190/15, que prevê a escola com mordaça.

Fernando Uhlmann