Maioria dos produtores de tabaco utilizam práticas de conservação do solo

Olá Jornal
abril15/ 2019

Há 30 anos o solo tem um dia para chamar de seu. Desde 1989, comemora-se em 15 de abril o Dia Nacional da Conservação do Solo, data instituída pela Lei 7.876, por iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Além de ser a base para a produção de alimentos, o solo atua como filtro e reservatório de água. É, portanto, imprescindível para a existência de vida na terra, mas enfrenta problemas e, entre eles, a erosão está entre os mais preocupantes. “Além da perda do solo e consequente capacidade produtiva, os sedimentos causam assoreamento de rios e possível contaminação dos recursos hídricos”, explica o assessor técnico do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), o engenheiro agrônomo, Darci José da Silva.

Algumas práticas conservacionistas podem prevenir a erosão e vem sendo cada vez mais aplicadas pelos produtores da agricultura familiar, como é o caso do setor do tabaco. Vista com bons olhos pela indústria de tabaco, a preservação do solo e o uso de práticas conservacionistas tem crescido a cada ano, com a adoção de técnicas como o plantio direto e cultivo mínimo. Segundo pesquisa com as empresas associadas ao SindiTabaco, 65% dos produtores integrados utilizam essas práticas de manejo do solo em suas lavouras. Além disso, a maioria dos produtores também adota outros procedimentos conservacionistas como plantio em nível e terraceamento.

Segundo Silva, nos últimos anos tem sido possível constatar um abandono progressivo das práticas tradicionais de preparo e manejo do solo. “O produtor percebeu que manter o solo protegido o maior tempo possível é a melhor forma de evitar os efeitos da erosão”, explica. Segundo ele, a queda de 68% para 65% entre 2016 e 2018, é reflexo dos eventos climáticos ocorridos, sobretudo o excesso de chuvas em muitas regiões produtoras, o que determinou uma queda no estabelecimento dos cultivos de cobertura e a consequente redução dos volumes de massa verde para formação de palhada.

ORIENTAÇÃO NO CAMPO

Por meio do centenário Sistema Integrado de Produção, produtores recebem orientações e participam de programas que os tornam ainda mais aptos e informados sobre o assunto. “A orientação técnica tem sido de inestimável importância na difusão destas tecnologias e um aliado permanente para o crescimento desta estatística. A expectativa é que mais produtores se mobilizem em torno da adoção destas boas práticas agrícolas, benéficas não apenas para o solo e o meio ambiente, mas para o próprio produtor, uma vez que a mão de obra também diminui”, afirma o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.

Além disso, o SindiTabaco tem participado desde 2015 do Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água, no Rio Grande do Sul, sendo membro de seu Comitê Gestor, que tem como objetivos preservar a capacidade e qualidade hídrica; reduzir o uso de pesticidas (inseticidas e herbicidas) na agricultura; promover a conscientização e ações que incentivem a conservação do solo e da água.

PLANTIO DIRETO NA PALHA

É o sistema de cultivo mais eficiente na proteção do solo. Consiste em evitar o revolvimento do solo, preservando integramente a palhada dos cultivos de cobertura sobre a sua superfície.  Além do aspecto conservacionista, esta tecnologia propicia redução no uso de combustíveis fósseis, redução na mão de obra e aumento da rentabilidade do produtor através da redução de custos. Trata-se de um sistema já consagrado e amplamente utilizado no Brasil, inclusive no cultivo de tabaco. O Brasil é, atualmente, uma referência mundial no desenvolvimento e uso desta tecnologia.

CRÉDITO: AI Sinditabaco 

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