JTI desenvolve pesquisa aplicada ao produtor de tabaco

Olá Jornal
dezembro06/ 2019

Os jovens irmãos produtores de tabaco Juliete Foleto Gomes, 29 anos, e Jardel Foleto Gomes, 23 anos, levarão para suas lavouras os conhecimentos adquiridos com as pesquisas do Centro de Desenvolvimento Agronômico, Extensão e Treinamento (ADET). É nas terras da família no município de Segredo que as técnicas repassadas pelos pesquisadores da Japan Tabaco Internacional (JTI) farão a diferença.

Foi no Dia de ADET, realizado na última quarta-feira, 27, em Cerro Alegre Baixo, interior de Santa Cruz do Sul, que o irmãos identificaram que a lavoura de quatro hectares de tabaco precisa de atenção especial em relação à compactação do solo. “A primeira coisa que teremos que corrigir é a o solo, corrigir a compactação”, explica. A compactação é quando ocorre uma espécie de bloco de terra firme embaixo do solo impedindo o aprofundamento da raiz, o que afeta o crescimento da planta e prejudica o seu desenvolvimento.

RESOLUTIVIDADE
Durante a programação do ADET, os jovens aprenderam sobre o uso, manejo e conservação do solo e, assim, encontraram a solução para o seu problema na utilização de maquinário adequado para descompactar a terra e na rotação de culturas. “Gostamos bastante porque no dia a dia não temos tanto conhecimento, bastante ideias para colocar em prática”, avalia Juliete.

Segundo o gerente do ADET, Mauro Feuerborn, este é o grande propósito do Dia de ADET, levar ao produtor o conhecimento adquirido com as pesquisas realizadas. “Estamos sempre atentos às necessidades do produtor para que o nosso trabalho o auxilie. O nosso interesse é em pesquisa que pode ser aplicada na prática”.

Ele cita o exemplo do projeto de uma nova estufa de cura de tabaco desenvolvida para minimizar os problemas com a mão-de-obra no campo. Retangular e dividida em oito compartimentos, a estufa permite que o produtor vá abastecendo cada compartimento, curando a planta já a partir da colheita de sete mil plantas. O sistema tradicional exige que a estufa esteja completamente cheia, com 100 mil pés, para iniciar a cura. “Todo dia tem colheita e o produtor pode já abastecer a estufa e começar a cura”, explica Feuerborn.

Com o novo sistema, uma família de três pessoas é o suficiente para fazer todo o trabalho sem necessitar a contratação de mão-de-obra. Já no tradicional são necessárias cerca de 10 pessoas para realizar o mesmo trabalho por pelo menos dois dias. “O projeto nasceu aqui e foi entregue à uma empresa que comercializa com os produtores, independente para qual empresa ele plante. A ideia é transmitir conhecimento e não guardar”.

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