A indústria do tabaco vai se fragmentar, afirma Souza Cruz

Olá Jornal
outubro14/ 2019

A fragmentação da indústria do tabaco em novos produtos é um caminho sem volta. Assim afirma o presidente da Souza Cruz, Liel Miranda. “É inevitável que a indústria do tabaco vai se fragmentar, todas as indústrias têm se fragmentado, e com a indústria da nicotina não é diferente”. A transformação passa por produtos de tabaco aquecido e nicotina líquida aliado à ciência e à nova química que exigem investimentos em pesquisas.

Os investimentos da British American Tobacco (BAT), da qual a Souza Cruz é subsidiária, já chegam a US$ 2,5 bilhões em tecnologia. Os esforços têm refletido na ação de mercado com presença em 35 países e liderança em muitos deles. Segundo Miranda, na Inglaterra e Polônia o grupo é líder em valor, e em outros países está em segundo, mas disputando a liderança em cinco países onde eles têm grande importância.

TRANSIÇÃO
Miranda deixa claro que, embora os novos produtos sejam o futuro do setor, o convencional ainda corresponde a 97% do faturamento e do mercado, o que significa dizer que ainda há muito caminho a percorrer. “É muito diferente dizer que de um dia para o outro a gente vai sair de 97% do faturamento e do mercado em tabaco convencional e fazer um grande salto. Não vai. Não aconteceu em nenhuma outra indústria”, garante. Ele explica que o processo será gradual com expectativa de crescimento de até 10% no mercado global nos próximos anos.

REGULAMENTAÇÃO
Ainda proibidos no Brasil, a comercialização de novos produtos está sendo discutida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O presidente da Souza Cruz acredita na necessidade da regulação defendendo que a proibição não tem funcionado. “A gente está confiante que a regulamentação no Brasil vai ser balanceada, não vai permitir os excessos que aconteceram nos EUA nem permitir a falta de controle tributário, como aconteceu na Inglaterra”.

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