Inadimplência alcança 12% em Venâncio nos últimos 12 meses

Guilherme Siebeneichler
junho14/ 2016

A baixa na economia tem atingido também os consumidores que não estão quitando débitos no comércio brasileiro. No município o índice até o mês de maio, no acumulados dos últimos 12 meses alcançou 12%. O percentual aponta o número de consumidores que estão negativados nos sistemas de proteção ao crédito, no município gerido pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva).

Conforme a gerente administrativa da entidade, Lisete Stertz, os cadastros do SCPC Boa Vista apontam para uma média de inadimplência na faixa dos 10% desde 2014. “Essa consulta leva em consideração as negativas de crédito para as compras no crediário. Em média este é percentual de inadiplentes, que estão com contas em aberto no comércio de Venâncio.”

Mesmo com este percentual, Lisete afirma que o valor de consumidores com débitos não assunta. “É preciso levar em consideração a desaceleração da economia, a diminuição do consumo. As pessoas estão gastando menos. Por isso, este percentual tem se mantido ao longo dos períodos.”

A partir da quitação dos valores devidos o nome do consumidor deixa os cadastros de proteção ao crédito. Desta forma, o percentual de inadimplentes muda todos meses.

BRASIL

A inadimplência do consumidor obteve alta de 3,5% no acumulado em 12 meses até maio (acumulado entre maio de 2015 e maio de 2016 contra os 12 meses antecedentes) de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. No acumulado do ano a elevação foi de 4,3% quando comparado ao mesmo período em 2015. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior houve queda de 0,1%, enquanto na série com ajuste sazonal a inadimplência recuou 0,2% na comparação com o mês anterior. A inadimplência teve a sua maior alta no período entre 2011-2012, quando atingiu a média de 15%.

O aumento do desemprego e a queda dos rendimentos têm contribuído decisivamente para diminuição do orçamento das famílias, levando ao atraso nos pagamentos. Após três anos de estabilidade, a inadimplência dos consumidores esboça sinais de que sua taxa poderá se elevar até o fim de 2016.

Guilherme Siebeneichler