Hospital de Venâncio não registra falta de medicamentos, apesar de dificuldades na importação e produção

Olá Jornal
abril27/ 2022

A China segue realizando lockdown em uma política sanitária de eliminação da transmissão de casos de Covid-19. As medidas têm gerado reflexos em outras partes do planeta, e por aqui os impactos seguem ocorrendo, em especial com produtos importados. Aliado a isso, há dois anos ocorre uma desregulação na indústria farmacêutica motivada por diversos fatores. Passa pelo aumento nos custos de produção, falta de insumos, de embalagens, oscilações nos preços das importações e ofertas de transporte marítimo.

Outro ponto envolve greves em serviços alfandegários. Esta realidade tem impactado os hospitais, que enfrentam escassez de medicamentos. O Hospital São Sebastião Mártir tem conseguido manter estoques, para garantir atendimento com os produtos, mas acompanha a situação de perto.

Conforme o gerente de logística e suprimentos do HSSM, Cássio Severo, até o momento os estoques de medicamentos estão dentro da normalidade. “Por enquanto não registramos falta de medicamentos. O que ocorre são atrasos pontuais na entrega, mas mantemos um estoque. Em caso de falta, fazemos a substituição por análogos.”

Conforme o gestor, a falta de matéria-prima para embalagens pode afetar a produção. “Por exemplo, o PVC, usado nas embalagens dos soros, estão relacionados. Temos um plano de contingência para manipular, se faltar,” afirma Severo.

SITUAÇÃO
O Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Taquari aponta que há falta de medicamentos básicos, entre eles: dipirona (para febre e dor), ocitocina (para induzir o parto), neostigmina (para pacientes que tomam anestesia geral), até o soro fisiológico.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) admite que medicamentos essenciais estão deixando de ser vendidos no país, o que coloca em risco a manutenção de tratamentos e a segurança dos pacientes. Frente à posição do sindicato das indústrias sobre o preço defasado estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, tanto a Anvisa quanto o Ministério da Saúde afirmaram por meio de nota que trabalham para articular ações de emergência para solucionar a situação.

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