Febre Amarela volta a preocupar Município e vacinação é o caminho para evitar circulação do vírus

Olá Jornal
julho15/ 2019

Depois do surto de Febre Amarela no estado em 2009, o assunto volta a pautar os órgãos de saúde pública. Em Venâncio Aires a circulação do vírus da doença também é investigada e ações de imunização estão em vigor, para evitar que casos sejam registrados na cidade. Atualmente, a morte de um macaco, identificado no dia 29 de março, é investigada pela Vigilância Epidemiológica que aguarda resultado de exames junto ao laboratório do Estado. O animal foi encontrado em Linha Estrela.

A estimativa é de que 15 mil venâncio-airenses não são vacinados contra a Febre Amarela, transmitida por mosquito – pela espécie Haemagogus em áreas silvestres e pelo Aedes aegypti (o mesmo da dengue) na área urbana – e que precisam de cuidados especiais para evitar a proliferação da doença. Isso porque quanto maior o número de moradores imunizados, menores são as chances de surtos da doença, já que o vírus não consegue circular em grande escala. A doença já matou 14 pessoas no Brasil em 2019, uma delas em Santa Catarina.

Para garantir a identificação das pessoas sem vacina, um censo vacinal está em andamento. Os moradores, em especial da área rural, precisam levar a caderneta de vacinas no posto de saúde mais próximo, para análise das doses. “Precisamos ampliar a nossa cobertura de área imunizada, especialmente no interior, onde o vírus silvestre está circulando. Esta etapa está sendo realizada em todos os municípios da região, também para verificar a necessidade de doses para as cidades,” destaca a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Municipal, Carla Lili Müller.

Num primeiro momento, serão vacinados os moradores de áreas rurais, por serem considerados de maior risco. Atualmente a Febre Amarela silvestre está circulando no país, principalmente em regiões de matas, já que o vetor não é o mosquito Aedes aegypti, mas uma espécie que se prolifera em ambientes rurais.

INVESTIGAÇÃO
Um veterinário do município realizou o recolhimento do macaco encontrado morto em Linha Estrela. São retirados alguns órgãos e encaminhados para análise laboratorial para identificar se a causa da morte foi a Febre Amarela. Ainda não houve retorno do laboratório estadual sobre o caso local. “Os macacos são tão vítimas da doença, quanto os humanos, eles acabam alertando a população de onde pode haver a circulação do vírus. É uma forma de monitorar e concentrar forças para evitar a proliferação da doença,” argumenta Carla Lili.

Atualmente os postos de saúde contam com doses de vacina disponibilizadas. Porém, como os lotes são abertos e precisam ser aplicados de uma só vez, os postos de saúde concentram em dias da semana a vacinação da população. Mas as informações podem ser solicitadas em todas as unidade básicas de saúde.

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