Exportações de Venâncio Aires no primeiro trimestre não sentiram efeitos da pandemia

Olá Jornal
abril18/ 2020

Os negócios internacionais de Venâncio Aires no primeiro trimestre de 2020 mantiveram os volumes dos últimos anos. Fora 2019, que foi um período atípico, por conta de embarques realizados a mais, por contratos ainda de 2018, os três primeiros meses assemelham-se a 2018 e 2017 e não apontam efeitos da paralisação global causada por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). O volume total de vendas das empresas venâncio-airenses somam até o fim de março US$ 94,66 milhões, segundo dados do Ministério da Economia.

Se comparado ao ano passado, em igual período, as comercializações tiveram retração de 52,6%, entretanto, naquela oportunidade, os negócios tiveram aumento por conta de vendas não entregues no segundo semestre de 2018. Assim, o volume de comércio exterior mantém o mesmo ritmo dos primeiros trimestres de 2018 e 2017. Com o valor, Venâncio Aires manteve a posição de 8º município exportador do Rio Grande do Sul.

O principal destino da produção da Capital do Chimarrão foi o Paraguai, com US$ 16,1 milhões. Na sequência aparece os Estados Unidos, com US$ 13,5 milhões entre janeiro e março. O restante da produção se dividiu para a Indonésia, Coréia do Sul, Europa, Rússia e Emirados Árabes Unidos.

Ainda nas vendas internacionais não aparecem os negócios com a China, o principal cliente das indústrias venâncio-airenses. O tabaco em folhas é o principal produto exportado e representa até o momento 92% do comércio exterior. Mas também aparecem nas vendas, refrigeradores, fornos industriais, bombas de líquidos e medidores, aparelhos para aquecimento e máquinas para preparação de alimentos.

NO RIO GRANDE
As exportações industriais do Rio Grande do Sul tiveram queda de 18% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que contribuiu para que as vendas externas do setor fechassem o primeiro trimestre em forte retração: atingiram US$ 2,4 bilhões, redução de 25,7% em relação ao mesmo período de 2019. O resultado, porém, ainda carrega pouco da influência da crise provocada pelo coronavírus, que se intensificou a partir de março.

Mas o desempenho anual reflete ainda o resultado muito ruim observado em janeiro, quando as exportações industriais do Estado recuaram 39,7%. No trimestre, as quedas mais acentuadas das vendas do setor no Estado foram para China (-51,2%) e Estados Unidos (-27,1%). O grupo de produtos mais exportado até agora foi carne (US$ 452 milhões), seguido de soja (US$ 350 milhões).

Em segmentos, Alimentos (21,2%) ocupou a primeira posição na pauta do Estado, seguido de Tabaco (-39,2%) e Químicos (-34,2%), que apesar das quedas mantiveram a segunda e terceira posição e juntos representaram 23% da pauta.

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