Ensino em todos os níveis se adapta ao novo estudante

Olá Jornal
agosto11/ 2018

Milhares de informações juntas e domínio de tecnologias dão pistas de que o desafio da escola cresce a cada dia. Atender o novo estudante é a busca constante em todos os níveis educacionais. Para o poder público, a adequação e atenção aos novos estudantes faz parte dos fluxo de trabalho. Este debate inicia bem cedo, já nos primeiros dias das Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI).

Com a informação chegando ao cidadão cada vez mais rápido, é preciso adaptar as metodologias de ensino para agregar novos conhecimentos. E este é o ponto de reflexão neste dia 11, Dia do Estudante. Segundo a assessora psicoeducacional, Chana Tischer Sulzbacher, da Secretaria Municipal de Educação, o ensino depende dos novos estímulos, não só da escola, mas também dos espaços de convivência familiar.

“O novo estudante não se contenta com qualquer tipo de atividade. As crianças precisam atualmente de mais estímulos. É um novo perfil e isso passa também pelos métodos educacionais e de qualificação dos profissionais,” explica.

Segundo a profissional, é na educação infantil que se forma o novo estudante e o profissional do futuro. Por isso, um dos focos de atuação da educação pública é de pensar as escolas infantis como grandes centros de ensino. “Há uma diversidade de estudantes e também de famílias e as escolas precisam se adaptar a este modelo novo. A criança hoje já vem com grandes estímulos para aprender,” argumenta.

Pensando no novo estudante, a Secretaria Municipal de Educação tem mantido cursos de formação continuada, abordando entre outros pontos, a busca por novas ferramentais de ensino e suporte aos desafios na educação.

QUALIFICAÇÃO
No ensino superior, o novo estudante busca objetividade em atender as suas necessidades. Com isso, cresce a busca pelo ensino a distância onde o aluno administra os estudos conforme a sua agenda. Embora ainda não seja a primeira opção, pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) mostra que 44% dos entrevistados optariam por essa modalidade, ou seja, o Brasil deverá ter mais alunos estudando a distância que nas salas de aula tradicionais, em 2023.

De acordo com a coordenadora pedagógica do Centro Universitário Uninter em Venâncio Aires, Liege Haussen Martins, este estudante vem consciente da importância do conhecimento em sua vida. “Ele vem pra cá sabendo o que quer, determinado. Muitas vezes até mesmo o seu trabalho o motiva a buscar a qualificação e a flexibilidade e facilidade de acessar o conteúdo a qualquer momento e conciliar com o seu dia-a-dia fazem com que ele opte por esta modalidade.”

UNISC
As novas tecnologias estão mudando e influenciando a educação no ensino superior. A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) tem acompanhado as mudanças e investido em novas metodologias de ensino, como a sala invertida e a Educação a Distância (EaD).

Segundo o vice-reitor da universidade, Rafael Frederico Henn, a Unisc está acompanhando todas as atualizações, mas sem deixar de oferecer uma educação de qualidade. Com a introdução dos alunos da geração Z, que já nasceram na era digital, o ensino vem se modificando constantemente, mas conforme as estatísticas do Ministério da Educação (MEC), 58% dos jovens que possuem até 24 anos preferem ainda o ensino na modalidade presencial, já na modalidade EaD, 56% dos alunos possuem idade de 24 a 48 anos.

“Podemos observar que os alunos mais novos, apesar de mais conectados, preferem a modalidade presencial. Eles querem conviver, ter colegas, estar presente no campus universitário”, analisa Henn.

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