Empregos despencam com o fim da safra de tabaco

Guilherme Siebeneichler
outubro21/ 2017

Depois de segurar as pontas na geração de empregos em Venâncio Aires e no Rio Grande do Sul, o setor do tabaco agora puxa os números para baixo com o fim das contratações da safra. A queda já registrada no mês de agosto em -1.129 vagas, no município, pulou para -2.151 em setembro. A diminuição teve impacto direto no saldo geral aumentando ainda mais o número negativo, passando de -1.176 em agosto para -2.265 em setembro.

Mesmo a recuperação de alguns setores não foi suficiente para equilibrar a balança, o que coloca o setor do tabaco em relevância ainda maior para a Capital do Chimarrão. A quantidade de empregos no último mês nos demais setores está longe de se equiparar com a indústria da transformação, em especial o setor de fumo.

No mês de setembro, foram 444 admissões neste setor contra 20 na construção civil, 94 no comércio, 102 na categoria serviços e um no setor agropecuário. Os demais setores extrativo mineral, serviço industrial de utilidade pública e administração pública não registraram contratações nem demissões, inexistindo influência no quadro.

ESTADO
O Rio Grande do Sul teve menos demissões em setembro do que em agosto, mas não o suficiente para tirar o saldo geral do negativo, que ficou em -278 quando em agosto era -1.375. A diminuição na diferença entre as 75.819 admissões e as 76.097 demissões em setembro ficou por conta dos setores da construção civil, com 323 postos de trabalho; serviços, com 586; agropecuário com 283 e o comércio com 1.733 vagas.

No ano, o saldo de empregos no estado está em -630 vagas, com destaque para a indústria da transformação que possui o maior número de vagas geradas (5.621). O setor do tabaco é protagonista neste setor como o segmento que influenciou positivamente os sete primeiros meses do ano, garantindo positividade no saldo do RS. Com 8.882 vagas na indústria da transformação no estado, as fumageiras foram as que mais geraram empregos essencialmente com os postos em Venâncio Aires (4.283) e Santa Cruz do Sul (4.367).

Guilherme Siebeneichler