Em três anos região poderá ter consórcio para gestão do lixo

Guilherme Siebeneichler
outubro16/ 2016

Desde o início do ano a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) trabalha alternativas conjuntas para baratear custos das prefeituras. Após convênios na área da saúde, por meio do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), prefeitos querem reduzir gastos com o recolhimento do lixo. Proposta busca criar aterro regional e usina de transbordo em até três anos.

A proposta tem ganhado força entre as prefeituras a partir da situação financeira dos municípios. Ao longo dos últimos quatro anos os repasses estaduais e federais tiveram queda e prejudicaram o planejamento financeiro das administrações municipais. O consórcio regional de resíduos sólidos ainda está na fase de análise documental de cada prefeitura. Ao longo desta quinta e sexta-feira os prefeitos e técnicos ambientais conheceram as necessidades de melhorias dos planos municipais. Após, uma integração regional deverá ser realizada para cumprir a legislação federal sobre o assunto.

Com a regionalização dos processos de recolhimento e destinação final dos resíduos sólidos será possível captar recursos para a implantação de um aterro e a construção da usina. Atualmente cerca de R$ 4 milhões são investidos por ano só em Venâncio Aires para o recolhimento e destinação do lixo doméstico. Os municípios do Vale do Rio Pardo encaminham os materiais para o aterro sanitário de Minas do Leão.

REFERÊNCIA
Em 2011 os oito municípios emancipados de Lajeado iniciaram o processo para regionalizar o recolhimento de lixo. A integração serve de referência para outras regiões do país. Os municípios do Vale do Taquari possuem além da triagem, recolhimento e destinação final, programa de padronização das lixeiras das cidades.

Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Cruzeiro do Sul, Forquetinha, Marques de Souza, Progresso, Sério e Santa Clara do Sul estão contemplados no convênio.  Cerca de 40 mil pessoas são atendidas pelo projeto. O consórcio garantiu R$ 5 milhões junto ao governo federal para a aquisição de caminhões para a coleta, galpão de triagem e adequação de aterro.

Guilherme Siebeneichler