Duas torcidas organizadas do Inter são suspensas após confusão no Beira-Rio

Guilherme Siebeneichler
julho09/ 2017

Por determinação judicial, as Torcidas Organizadas Camisa 12 e Guarda Popular estão proibidas de funcionar por 90 dias. A suspensão foi provocada pela confusão entre torcedores e Brigada Militar após o empate entre Inter e Criciúma neste sábado, no Beira-Rio.

 Conforme parecer emitido pelo juiz de Direito Marco Aurélio Martins Xavier, do Juizado do Torcedor, “há provas eloquentes da malfadada violência entre grupos de torcedores das organizadas, indenficadas na peça inquisitorial e que estão bem caracterizadas nas imagens”. O texto ainda diz que é “inadmissível que esses grupos continuem atuando normalmente, no ambiente dos estádios, sem que os fatos sejam devidamente apurados e mereçam resposta penal adequada”.

Em função disso, “fica vedado acesso de instrumentos de percussão, bonés, faixas, barras e outros meios de identificação, bem como a concessão de qualquer forma de franquia dos integrantes da Camisa 12 e da Guarda Popular “decorrente da condição de torcedor de organizada, devendo ser barrado o acesso do grupo que ingressa na forma de concessão do clube”.

Antes da decisão, o juiz já havia acatado o pedido de afastamento de dez torcedores do Internacional após eles terem sido identificados na partida do dia 1 de julho, com o Boa Esporte Clube, depredando o complexo Beira-Rio. O magistrado acatou o pedido do MP e ainda determinou que os torcedores também se apresentem nas Delegacias de Pronto Atendimento de seus domicílios, em dias de jogos, sempre meia hora antes da partida começar e só deixando a delegacia meia hora depois do jogo acabar. “Os fatos revelaram um fanatismo inexplicável, que precisa ser contido, sob pena de atingir pessoas inocentes, que vem ao estádio para torcer. Assim, permitir o livre acesso desses torcedores, mesmo diante de fatos dessa natureza, será minimizar a gravidade dos fatos e abrir espaço para reiterações, em prejuízo da ordem pública no estádio”, disse o juiz em parte da sua decisão.

CRÉDITO: Correio do Povo

Guilherme Siebeneichler