Disparada nos preços recupera perdas na Produção Agrícola de Venâncio Aires

Olá Jornal
dezembro02/ 2020

Se em março a projeção era de queda superior aos 30% nas receitas geradas com a agricultura de Venâncio Aires, após a estiagem e o início da pandemia, agora, o setor primário tem motivos para comemorar. A geração de riquezas na agricultura local deve fechar o ano com receitas superiores aos R$ 250 milhões. Ou seja, o cenário nada animador do início de 2020 teve recuperação e a queda projetada deve ser menor, em torno de 7% a 10%.

Os dados são parciais e coletados a partir da movimentação de venda dos agricultores por meio das notas fiscais geradas até o dia 15 de novembro. Os números são acompanhados pelo escritório local da Emater/Ascar. A virada, frente ao cenário nada positivo, se deve a elevação dos preços no mercado para os principais produtos agrícolas, inclusive para o tabaco. Com isso, os produtores estão conseguindo recuperar em 2020 parte dos valores perdidos com a seca no fim do ano passado.

O Valor de Produção Agrícola (VPA) fechou 2019 com receitas globais de R$ 272.189.292,49. Conforme o engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater, Vicente Fin, a recuperação deste ano está ligada ao maior preço pago para as produções de arroz, milho, soja e leguminosas. “Tivemos um aquecimento nos valores pagos nas principais culturas, inclusive no tabaco, em menor percentual. Se tínhamos uma projeção ruim para a produção agrícola no início do ano, ao longo de 2020 ocorreu uma recuperação. Superamos as perdas com a estiagem prolongada, e a produção da agricultura de Venâncio se recuperou com aquecimento do mercado.”

PROTEÍNA
Outra cultura, segundo a Emater, que conquistou melhores preços por conta da demanda está a proteína animal. “As vendas internacionais de frango e suínos estão aquecidas e poderá inclusive equilibrar as receitas do setor primário, já que temos ainda cerca de 45 dias de comercialização da produção destes dois segmentos agrícolas. São produtos com bastante valor agregado,” explica Fin.

RIQUEZAS MUNICIPAIS
A participação do setor primário no Valor Adicionado de Venâncio Aires, índice que reúne todas as riquezas geradas no setor produtivo, teve redução. Em 2019 o setor agrícola teve participação de 12,44% nas riquezas da economia local. Em 2018 esse percentual era de 16,48%. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual da Fazenda, no mês passado.

O setor do Comércio Atacadista registrou o crescimento mais significativo. Em 2018 representava 0,94% do Valor Adicionado do Município, com R$ 15.557.364,34. Já em 2019 esta participação representa 14,60% das riquezas locais, passando a movimentar R$ 276.788.118,55.

O índice tem o seu maior volume de receitas vindas do setor da Indústria de Beneficiamento, representando 38,18%, com movimentação de R$ 835.329.195,59. Em 2018 o mesmo segmento representava 43,21%. A Indústria de Transformação representa 16,63% das riquezas geradas na cidade. Em 2019 a movimentação foi de R$ 363.928.057,67. Já em 2018 o segmento representava 18,97%, com R$ 311.274.355,79 movimentados.

Com todos os nove pontos da economia avaliados, o Valor Adicionado do Município em 2019, teve crescimento de 33%, se comparado com o período anterior. O total movimentado nos setores econômicos do município alcançou no ano passado R$ 2.187.611.887,96.

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