As negociações salariais para os trabalhadores das indústrias do fumo estão paralisadas, até janeiro. Encontros entre representantes da classe e patronal ocorriam desde novembro. A data-base da categoria é dezembro. A expectativa do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires, Rogério Siqueira, é de concluir as conversações até o dia 15 de janeiro. “No ano passado também tivemos uma definição só em janeiro. A indústria inicia agora os preparativos de contratações e vendas, vamos aguardar”.
Segundo ele, além da proposta de reajuste nos ganhos mensais, os representantes dos trabalhadores querem aumento no rancho. “Queremos R$ 150 na cesta básica. Este avanço é bastante significativo para os trabalhadores da indústria, já que não querem reajustar os salários acima da inflação”, argumenta.
NEGOCIAÇÃO
A proposta inicial das empresas foi de 7%, índice abaixo da inflação, sendo que os trabalhadores reivindicam a reposição do INPC, que ficaria em torno de 7,5%, mais ganho real de 3%. Além disso, solicitam cesta básica de R$ 150. Neste item o apresentado inicialmente foi R$ 120, sendo que atualmente a cesta básica está em R$ 115.
O piso atual da categoria está em R$ 994,40, menor que o piso regional que é de R$ 1.103,66.
Os trabalhadores ainda têm direito a cesta básica e ao Plano de Participação nos Resultados (PPR). Em Venâncio Aires são cerca de dois mil funcionários contratados na indústria do fumo e que se enquadram nas negociações.
