Controladoria municipal apresenta detalhamento do déficit

Guilherme Siebeneichler
fevereiro11/ 2017

Após o prefeito Giovane Wickert (PSB) divulgar o rombo nas contas públicas, no início da semana, o relatório financeiro foi alvo de questionamentos. Na última quinta-feira, 09, o ex-prefeito Airton Artus (PDT), em contato com a redação do Olá Jornal, se disse surpreso com as informações e afirmou suspeitar de dados fictícios. Entretanto, a pedido da reportagem, a Controladoria Municipal apresentou o detalhamento do déficit.

“Acredito que a divulgação de dados inflados possa ser estratégia política para frear as contratações e acalmar os ânimos dos partidos aliados. Deixamos a prefeitura em situação financeira estável, apesar do cenário econômico totalmente desfavorável,” argumenta Artus.

Segundo levantamento feito pela controladora municipal e contadora da Prefeitura, Janice Antoni, o déficit não pode ser confundido com ações políticas, já que é um levantamento técnico. “A população precisa entender que esse valor é algo futuro. O momento agora é de reduzir a máquina pública para garantir receitas e efetivar todas as despesas.”
O desafio atual da Administração Municipal é de enxugar a máquina pública e garantir o equilíbrio financeiro nas contas da prefeitura.

Segundo o prefeito os valores foram arredondados para R$ 40,9 milhões em função de despesas que não estavam empenhadas. “Gastos com combustíveis e outras despesas estavam fora das projeções e estão chegando na prefeitura. Os fornecedores estão cobrando e nós vamos tomando conhecimento dos gastos não projetados,” destacou Wickert.

Do valor total de déficit projetado, R$ 38.984.868,65 são apontados pela Controladoria Municipal. Dentro deste montante estão incluídos os R$ 4,5 milhões de restos a pagar do ano passado. Entretanto, R$ 1.915.131,45 são projetados pelo governo de contas que ainda devem aparecer e ajustes financeiros não programados.

AJUSTE DE CONTAS
A partir de recomendações e as projeções orçamentárias o governo municipal já realiza cortes. A nomeação de cargos comissionados tem sido rigorosa e atualmente totalizam 73 funcionários com este tipo de contratação. Outros sete servidores de carreira possuem Função Gratificada. Além disso, não foram nomeados os secretários-adjuntos e cargos de chefe em alguns setores. Esta medida deve resultar em quase R$ 2 milhões em economia.

Guilherme Siebeneichler