Contratação chega antes e deve gerar 4,5 mil empregos nas fábricas de Venâncio

Olá Jornal
fevereiro26/ 2021

A contratação de trabalhadores na indústria neste ano é considerada a maior para um mês de janeiro em Venâncio Aires. Em 2021, já são 1.620 pessoas atuando nas fábricas somente no mês de janeiro, quando no ano passado eram 200. O número demonstra que a safra está antecipada pois em outros anos as contratações eram intensificadas a partir de março.

A previsão do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires é que o total na safra, entre temporários e efetivos, chegue a 4,5 mil trabalhadores. O volume é maior que o ano passado, que em função da pandemia e da quebra na produção com a estiagem, ficou em 4 mil trabalhadores.

Na avaliação do administrador do sindicato, Ricardo Sehn, a contratação de temporários está maior no início da safra devido à pandemia. “As empresas buscam antecipar a produção frente as incertezas da pandemia, pois a qualquer momento o cenário pode mudar restringindo as operações. Inclusive se houver a manutenção da atual bandeira preta, onde o funcionamento de creches não é permitido, as contratações podem ser afetadas porque as mães não terão onde deixar os filhos”, avalia.

De acordo com o presidente do sindicato, Rogério Siqueira, as previsões são feitas a partir de impressões da entidade pois não houve posição por parte das empresas. “Não há segurança sobre como será essa safra, não houve indicativo para com o sindicato. Esperamos que a safra seja mais tranquila apesar do aumento de casos do novo Coronavírus e de toda indefinição governamental com a doença”.

NOVO PERFIL
O perfil do trabalhador desta safra também deve mudar. Com os protocolos de segurança da Covid-19, que prevêem o afastamento de pessoas dos grupos de risco, como idosos e aqueles que possuem alguma comorbidade, os funcionários temporários poderão ser mais jovens e com menos experiência.

“Muitos dos trabalhadores contratados tradicionalmente nesse período são experientes e que possuem idade mais avançada, até acima dos 60 anos, o que neste ano pode ser diferente porque fazem parte dos grupos de risco. Então, abre espaço para quem não tem tanta experiência na área e para os mais jovens”, prevê Sehn.

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