Contaminação do grupo de risco em Venâncio preocupa em 2021

Olá Jornal
fevereiro13/ 2021

O novo ano traz uma antiga preocupação das autoridades de saúde de Venâncio Aires: a contaminação dos grupos de risco. O perfil dos pacientes que foram a óbito em 2021 indica que o vírus está chegando mais perto daqueles que, embora mais jovens, possuem as chamadas comorbidades. Pessoas que possuem doenças crônicas como diabetes, cardiopatia, obesidade, problemas pulmonares e renais crônicos e neurológicos.
A constatação é da médica infectologista, Sandra Knudsen. Para ela, os números apesar de terem registrado elevação, fazem parte da realidade do município que desde o início da pandemia não parou de ter novos casos. “O que aconteceu agora em janeiro que me preocupa são os óbitos. Parece que a gente está contaminando mais as pessoas vulneráveis, essa é minha grande preocupação, sempre foi, porque essas pessoas se pegarem Covid têm uma chance muito maior de evoluir mal e inclusive indo a óbito. É uma coisa que a gente viu agora em janeiro”.

RELAXAMENTO
O cenário, que contou também com a lotação de leitos em UTI na segunda quinzena de janeiro, pode ser um indicativo de que há um relaxamento por parte da população nos cuidados preventivos. “A gente tem tido muito caso grave de novo. Reflete ao meu ver, uma queda nos cuidados de prevenção entre a população e levando essa doença para o vulnerável”, avalia.
De acordo com a especialista, é preciso conscientização de que as ações individuais geram consequências coletivas e, por isso, o uso de máscara, álcool gel e distanciamento social ainda precisam ser mantidos. “Vale de novo reforçar a grande importância de cada um de cada venâncio-airense assuma a responsabilidade de tentar evitar a contaminação dos vulneráveis que convivem no seu meio direto”, alerta.

INDIVIDUAL
A proteção dos mais vulneráveis é fundamental, na visão da médica, uma vez que quanto maior a idade e o número de comorbidades, maior é a dificuldade de controlar a doença nesse indivíduo. “A gente precisa contar muito com o organismo a imunidade da pessoa contra a doença e quando se trata de uma pessoa já mais debilitada fica muito difícil ganhar essa guerra”, conclui.

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