A situação de cortes no orçamento das instituições federais de ensino pelo país, atinge também o campus local do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), em Venâncio Aires. A previsão de cortes no orçamento para manutenção da unidade afeta diretamente os compromissos com energia, segurança e limpeza. Atualmente a previsão de recursos para este custeio alcança R$ 1,4 milhão. Entretanto, há previsão de novos cortes superiores aos 22% para o segundo semestre. Os custos operacionais da unidade técnica alcançam os R$ 100 mil por mês. O valor projetado para 2021 é menor do que o orçado em 2012 para manter a escola federal.
Segundo o atual diretor do campus, Cristian Oliveira da Conceição, a previsão inicial na Lei Orçamentária Anual da União, era de R$ 1,8 milhão para manutenção da unidade. “Com o ajuste nas contas o valor passou para R$ 1.382,020,20, deste total apenas R$ 60 mil são para novos investimentos. O campus já conseguiu realizar economia e projetamos a instalação de placas solares para economizar ainda mais na energia, por exemplo.”
Conforme o gestor, a projeção orçamentária atualmente é dividida em duas etapas. “O orçamento atualmente é revisado pelo Governo Federal duas vezes No início do ano tínhamos a previsão de cortes de 40% sobre o valor projetado. Além disso, há previsão de novo corte de 22% sobre o valor previsto para ser quitado até o fim do ano. Estamos trabalhando com orçamento menor que em 2012, levando-se em consideração a elevação de custos.”
O novo diretor do campus, Geovane Griesang, que assume a partir do dia 04 de julho, destaca que a instituição terá desafios pela frente se os cortes forem mantidos. “Nosso orçamento já está defasado, e estamos recebendo recursos igual ao que tínhamos de oito anos, mas registramos aumento de cursos, alunos e servidores neste período, inclusive com mais equipamentos e estrutura física.”
Em levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), universidades e institutos registram cortes nos orçamentos desde 2015. As instituições podem inclusive paralisar atividades até o fim do ano. A entidade aponta que o corte de verba foi de 18% de 2020 para 2021, o que significa R$ 1 bilhão a menos para funções básicas dos campus.
