Coluna do Olávo, desta quarta-feira, 03 de maio

Vergonha
Pesquisa Datafolha aponta que 34% sentem vergonha de serem brasileiros. No fim de 2010, o resultado havia caído para o patamar mais baixo da história, 9%, mas, desde 2014, o percentual não para de subir. Os cidadãos que se sentem mais orgulhosos do que envergonhados somam 63%. É a menor taxa em 17 anos. Já morar no país é ruim ou péssimo para 20% da população, regular para 26 e bom ou ótimo para 54%. A pesquisa foi feita pelo instituto nos dias 26 e 27 de abril. O levantamento ouviu 2.781 brasileiros de 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Triste realidade, que alia uma política atolada em acusações e a economia em baixa que tira o poder de compra dos brasileiros.

Investimentos
A notícia de implantação de uma nova cigarreira pela JTI garantiu novos estímulos para a cadeia produtiva. Após quase oito anos sem anúncios de investimentos tão significativos no setor, a nova fábrica movimenta a região, maior produtora de fumo do país. Em Venâncio Aires também houve novos anúncios, CTA e TNH tiveram parcerias de ações formalizadas, garantindo novos mercados para o produto local. Nos próximos dias, há expectativa de novos anúncios no setor. Para os representantes da cadeia produtiva, em um cenário de crise, o setor do tabaco demonstra sua força e interesse em continuar crescendo, gerando emprego e impostos aos municípios. Cabe agora ao governo federal deixar esse segmento da economia trabalhar. O combate ao cigarro ilegal é apontado como desafio para novos investimentos do tipo.

Rumos das reformas
Após os protestos na última sexta-feira, 28 e manifestações no dia 1º de maio (Dia do Trabalhador), os rumos das reformas do governo Michel Temer (PMDB) seguem incertos. Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira mostra que 71% dos brasileiros são contra a proposta de reforma da Previdência que o governo quer aprovar. Sobre a reforma trabalhista, 64% diz que ela vai favorecer os patrões. Apoiados na rejeição popular às propostas, centrais sindicais têm liderado às manifestações contra o governo Temer e suas reformas. A classe política no Brasil vive sua maior crise de credibilidade desde que a democracia foi restabelecida, na década de 1980. Com o Congresso sob pressão, o governo pode ter mais dificuldade de convencer parlamentares da base a votarem medidas impopulares. Boa parte dos deputados federais e dois terços dos senadores terão de fazer campanha em 2018 para se reelegerem. Por outro lado, o governo diz que para enfrentar a crise econômica as reformas são fundamentais. Essa semana será o termômetro para avaliar as mobilizações sindicais e a política.

Transparência
O PSB nacional reconheceu Venâncio Aires como a cidade mais transparente com as contas públicas, administradas atualmente pelo partido no país. A informação leva em consideração informações do Ministério Público Federal, que avalia as gestões públicas. Os dados são referentes aos anos de 2015 e 2016, por tanto, durante a gestão do ex-prefeito Airton Artus (PDT). Conforme o prefeito Giovane Wickert a proposta é de garantir a continuidade no ranking de eficiência em transparência, além de reconhecer o trabalho desempenhado na gestão passada. Entre as 10 cidades administradas pela sigla, no estado parecem ainda Vera Cruz (prefeito Guido Hoff), Cachoeirinha (prefeito Miki Breier) e Candelária (prefeito Paulo Butzke). Atualmente o partido administra 414 prefeituras no Brasil.

Guilherme Siebeneichler