Câmara de Vereadores aprova reposição aos servidores da Casa em sessão extra

Guilherme Siebeneichler
março27/ 2019

Após polêmica na votação do projeto de lei que previa a reposição salarial do prefeito, vice, vereadores, secretários e servidores do Legislativo Municipal, os vereadores de Venâncio Aires votaram de forma separada a reposição salarial dos funcionários da Câmara. O reajuste é de 7,73%, o mesmo concedido aos funcionários públicos do poder Executivo.

A reunião extraordinária foi realizada no plenarinho João Jorge Hinterholz e reuniu todos os parlamentares, que aprovaram de forma unanime o projeto revendo o salários dos servidores do Legislativo. Se a Câmara não aprovasse a reposição a mesa diretora e o presidente poderia ser apontado.

A sessão extra também foi a oportunidade para explicações dos parlamentares que votaram a favor do projeto inicial. A matéria foi derrubada na segunda-feira após empate e voto contrário do presidente Eduardo Kappel (PP).
A líder de governo Sandra Wagner (PSB) foi uma das vereadoras a se manifestar e explicou o voto dado na última segunda. “Não legislei em causa própria e o Município pode responder a ações trabalhistas já que há profissionais que atingem o teto constitucional, que é o salário do prefeito. Poderemos ter questionamentos legais sem a reposição.”

Helena da Rosa (MDB) também justificou o seu último voto. “Votei pensando nos funcionários, mas já havia me manifestado contra o reajuste dos agentes políticos.”
Tiago Quintana (PDT) afirmou que não é o momento de conceder reajuste aos políticos. “O Município tem outras demandas. O valor que iremos poupar poderá ser aplicado em outras demandas. A classe política está sendo mais questionada.”

O presidente da Casa, Eduardo Kappel (PP) criticou a posição dos vereadores que votaram contra, mas não propuseram alterações ao texto inicial. “Houve uma politicagem, ninguém sugeriu alterações. Estamos fazendo justiça com os funcionários da Casa.”
Um novo projeto com reajuste de políticos poderá ser colocado em votação no plenário. Entretanto a medida não deve ter apoio por todos os vereadores.

Guilherme Siebeneichler