Cadastro Positivo poderá injetar mais crédito para consumo

Olá Jornal
junho15/ 2019

A retomada do consumo, especialmente no varejo, pode partir da nova regulamentação do Cadastro Positivo. Esta é a avaliação do economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar André Frank Júnior, que participou da reunião-almoço da Caciva nesta quarta-feira, 12. O cadastro positivo funciona como um banco de dados para “reconhecer” os consumidores que são bons pagadores. Ele já existe desde 2011 e entrou em vigor em 2013, mas tem pouca adesão. Agora, os bancos e outras instituições financeiras podem incluir o nome de consumidores nessa lista sem a necessidade de autorização prévia. Isso já ocorre com o cadastro negativo – ou seja, a lista de inadimplentes.

Para o economista, o banco de dados oportunizará novas linhas de crédito para o mercado consumidor. A projeção feita pelo banco Santander é de que poderá alcançar até 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano, cerca de R$ 680 bilhões. “Não vai ser a medida que irá salvar a economia brasileira, mas pode representar um incremento nas vendas e aumentar o consumo. É considerada a maior evolução no mercado de crédito já aplicada no Brasil.”
Segundo o Frank, o cadastro positivo resultar em melhor avaliação do consumidor. “Aquele que paga as contas, não tem problemas com financiadoras, poderá garantir condições especiais para novas linhas de financiamento. Isso representará mais vendas, mais renda e mais emprego,” destaca.

ECONOMIA
Durante o evento, a economia brasileira também ganhou destaque. Isso porque, o país vive uma desaceleração econômica, desde 2013. O profissional apontou três motivos para a demora em reaquecer o mercado nacional. “O primeiro é a desaceleração econômica global, o segundo ponto é o lento andamento das reformas e o terceiro ponto envolve os custos de adaptação ao novo modelo de crescimento, em que até 2016 era baseado pelo Estado. Era o governo o grande propulsor da economia brasileira,” ressalta.
Para 2019 os cenários não são positivos para a economia. A queda no consumo e as dificuldades de reaquecimento do consumo seguirão, em especial pela queda na confiança do consumidor atualmente.

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