Bijagran é Venâncio Aires no Santa Maria Soldiers

Janine Niedermeyer
junho24/ 2017

Seja quem for o campeão da edição 2017 do Campeonato Gaúcho de Futebol Americano, Venâncio Aires pode vibrar com o sabor da conquista. Uma final de camisetas verdes entre Santa Maria Soldiers e Juventude F. A. traz dois nomes nascidos na Capital do Chimarrão.

De um lado o Quarterback (QB), Eduardo Cauzzi de 24 anos da equipe da Serra Gaúcha e em outro Vinicius Bijagran, o Left Tackle de 21 anos dos soldados santa-marienses. As equipes vão disputar o título estadual da temporada no próximo dia 1º de julho, em Santa Maria.

Nesta edição conversamos com Bijagran, que já passou por Santa Cruz Chacais e o Bulldogs de Venâncio, onde se destacou e foi chamado a integrar o Soldiers. Ele fala da sua participação, onde integrará uma final pela primeira vez, a experiência de jogar pelo clube e as perspectivas para o segundo semestre.

Olá Jorna – Esteve presente em todos os jogos da temporada? Como está sendo a experiência em uma equipe que hoje é referência nesse esporte no estado?
Vinicius Bijagran – Completei todos os jogos do gaúcho até aqui. Vem sendo uma experiência de verdadeiro football. Poder jogar e aprender com atletas experientes no cenário nacional me fez crescer muito como jogador/apreciador de futebol americano.

O que tu vê como diferencial do Soldiers para outras equipes que tu teve a oportunidade de jogar?
Com certeza o nível dos atletas e o conhecimento sobre o jogo da comissão técnica. Por ter jogadores desenvolvidos por coach americano, jogando a principal liga do país, com jogador de seleção como é o Zanon, traz para time uma mentalidade e um plano de jogo muito completo e diferenciado do que costumamos ver por aqui. E estar podendo aprender com o Gross, que já foi MVP do Catarinense, realmente é demais.

Qual a importância de poder jogar em casa a final?
A final, é o nosso primeiro passo de tudo aquilo que almejamos até aqui. Embora tenhamos feito uma boa campanha até aqui, o que conta é o título, o caneco. Como vínhamos falando, nosso foco é a BFA (que é o campeonato brasileiro da modalidade) e vamos começar a entrar no clima dela nessa final, podendo enfrentar outro time de BFA. A partir de agora precisamos ter fibra para enfrentar as adversidades que nos aparecerão. E poder poupar os jogadores da viajem, contar com o apoio da torcida e conhecer bem o campo com certeza vai nos dar um gás a mais para essa final.

O número com o qual joga, 77, é uma escolha por algum motivo específico?
Como a 52 já estava em uso (camisa que usou no Bulldogs), tive que ir atrás de outro número e a 77 foi uma das poucas que estavam disponíveis. Como gosto bastante do jogador Tyron Smith, do Dallas Cowboys e ex jogador do USC Trojans, acabei aderindo ao número.

Vai seguir na equipe após o término do campeonato? Quais expectativas tu tem em relação a ti mesmo, dentro do futebol americano?
Sim, o foco principal é a BFA e é lá que teremos que nos provar. Meu objetivo pessoal é a seleção, em algum momento. Acredito que todo jogador que treina, faz sacrifícios e ama o futebol americano almeja chegar ao menos ao nível de um jogador de elite.

E sobre o adversário, o Juventude F. A., o que dá pra falar?
Com certeza é o time que vai realmente bater de frente conosco. É hoje uma potência do F.A. no estado e o atual vice-campeão. Como já esperávamos desde o início do campeonato, a final de 2016 se repetirá em 2017. É um time que já vem jogando a Super Liga a algum tempo e tem bastante conhecimento do que faz dentro de campo. Com certeza a final vai ser um jogão.

Foto: Camila Thomaz Fotografia

Janine Niedermeyer