Biblioteca Pública: Fonte de estudos e histórias que sempre se renova

Janine Niedermeyer
abril12/ 2017

A Biblioteca Pública Municipal Caá Yari completa nesta quarta-feira, 12, seus 45 anos de fundação, imersa em diferentes histórias, sejam dos livros ou de pessoas da comunidade que dão vida ao ambiente literário de Venâncio Aires. Espaço para pesquisas, estudos ou para somente emergir em outros mundos, o local tem conseguido se renovar com muita luta.

Com quatro décadas e meia de formação, curiosidades e fatos marcam a passagem desse período, desde a abertura em 12 de abril de 1972. Entre o acervo estimado em aproximadamente 15 mil títulos, até hoje o local conserva livros adquiridos no início, como “Lindolfo Rocha” da autora Maria Dusá, que chegou em 3 de junho de 1974 e datado de 1969, do Instituto Nacional do Livro.

Este é um dos mais antigos do acervo, nesta trajetória de vida da Biblioteca que teve como a primeira responsável com coordenar o espaço, a professora Geiza Terezinha Borgmann, nomeada em junho de 1973, quando assinou convênio com a então Secretária de Educação, Trabalho e Ação Social, Noemy Costa Machado. Além deste nome, outro sempre lembrado é da associada com carteirinha de número 1, Sônia Müller Ferreira de 74 anos de idade e que virou sócia em 5 de março de 1990.

Em contrapartida, a mais jovem leitora hoje registrada é Julia Fredrich Feix, de 1 ano e sete meses de vida que teve sua carteirinha de número 12.493 confeccionada em março passado, com a mãe Jaqueline Luisa Fredrich. Atualmente, são cerca de 12.547 nomes registrados como associados do local.

DEDICAÇÃO

Outro personagem dessa história real, que fez e ainda faz história junto ao ambiente de leitura gratuita da cidade é a bibliotecária Rosaria Costa. Dos 20 anos com formação na área e a primeira profissional graduada no ramo em Venâncio Aires, 12 anos são junto a Biblioteca Pública.

Para ela, a maior conquista nesse período não foram bens materiais. “Uma das grandes conquistas foi o reconhecimento e a confiança das pessoas, assim como o acesso gratuito a internet e um acervo atualizado”.

Rosaria até mesmo registrou na pele o amor pela profissão e pela literatura. No último dia 29 de março (quando completou duas décadas de formada) fez no braço esquerdo uma lâmpada de Aladim e um livro aberto, que são símbolos da Biblioteconomia, por agregarem a incessante vigília, a atividade intelectual, o trabalho árduo das investigações lítero-científicas e o oferecimento da educação e da cultura.

INVESTIMENTOS

No período que está aqui, Rosaria ainda recorda de metas alcançadas, como a revitalização da Biblioteca, através de edital da Secretaria Estadual da Cultura, no valor de R$ 55 mil, que permitiu a reforma no mobiliário e a nova decoração com grafitagem nas paredes do espaço.

Aliado a isso, a grande meta no momento e para o ano de 2017, é informatizar o sistema de retirada dos livros pelos associados. Assim como os livros, todas as carteirinhas dos associados receberão um código de barras e os fichários com anotações no papel serão encerrados. Essa efetivação do projeto depende ainda de licitação para compra dos equipamentos.

Outro aspecto, que mostra a colaboração da comunidade é o volume de doações de livros para a biblioteca. Somente em 2016, Rosaria Costa informou que foram 453 títulos repassados, o que colabora com o acervo, uma vez que as últimas compras feitas por meio de pregão eletrônico ocorreram no 1º semestre de 2016.

SARAU

Para celebrar os 45 anos, a Secretaria Municipal de Cultura e Esportes promove um Sarau na noite desta quarta-feira, 12. A partir das 18h, na rua ao lado da Secretaria, esquina da Reinaldo Schmaedecke com a Osvaldo Aranha.

A programação terá atrações musicais, com a dupla Saul Zart e Sérgio Teixeira, Eliana Schwinn e o Coral Mateando Canções. Haverá ainda contação de história, com Rosaria Costa e a participação do Mágico Lui, além da declamação de poesias com Evelaine Barbian e Voni Eidt.

Foto: Cristiano Silva/ PMVA

Janine Niedermeyer