Aumento de demanda e crises globais afetam fornecimento de medicamentos em Venâncio

Olá Jornal
junho09/ 2022

Tanto o poder público como a iniciativa privada têm verificado a falta de medicamentos nos estoques, e a situação não deve normalizar em curto prazo. Os fornecedores têm apontado dificuldades para realizar a entrega de encomendas. Em Venâncio Aires a Farmácia Municipal aponta que alguns medicamentos triplicaram a demanda. Com isso, a compra também tem sido afetada para reposição. A escassez ocorre também por outros motivos como falta de matéria-prima vindas da China, guerra na Ucrânia e demanda elevada pelos produtos.

Os medicamentos voltados ao tratamento de quadros gripais dobraram a demanda. Atualmente, segundo a coordenadora da Farmácia Municipal, farmacêutica Natasha Artus, são quatro medicamentos que estão em falta na unidade municipal até essa quarta-feira, 08 (Levotiroxina 100 mg; Furosemida 40 mg; Nitrofurantoina 100mg e Beclometasona 50 mcg spray nasal). “É em função da alta demanda e as empresas fornecedoras têm alegado falta de insumos para a produção. Aumentou muito a demanda principalmente para quadros gripais,” destaca.

Semanalmente a Secretaria Municipal de Saúde tem publicado sanções às empresas responsáveis pelo fornecimento. Os documentos são divulgados no Diário Oficial e buscam notificar as empresas detentoras de licitações para que providenciem os medicamentos não entregues. O prazo entre a notificação das empresas até a dispensação da medicação pode levar 30 dias.

Conforme a coordenação da Farmácia Municipal, ao longo do ano, em dois meses foram registradas faltas do medicamento Dipirona, indicado para o alívio da dor ou febre devido sua ação antitérmica e analgésica. Em janeiro foram 22.632 comprimidos disponibilizados, em fevereiro 6 mil. Março e abril registraram falta desta medicação. Em maio foram 21 mil compridos repassados e em junho, já foram 3 mil unidades em apenas três dias.

RACIONAMENTO
No Hospital São Sebastião Mártir há racionamento na compra de alguns tipos de medicamentos. É o caso dos soros, que estão com falta de insumos, no caso o PVC para embalagens. Na casa de saúde também a dipirona injetável tem estoques mais baixos. Neste, a dificuldade de compra ocorre por redução de laboratórios que produzem o medicamento. Apesar do cenário, não há falta desses medicamentos para os atendimentos.

Os insumos voltados às cirurgias oftalmológicas também estão em falta, por descontinuidade temporária dos laboratórios, com isso estes procedimentos foram suspensos. O racionamento significa que as entregas estão ocorrendo de forma não continuada, exigindo cotações diárias para manter estoques no hospital. Além disso, medicamentos que exigem logística marítima de entrega, registram atrasos superiores a 30 dias.

FOTO: Divulgação

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