Atentado em Nice, no sul da França, mata ao menos 70

Janine Niedermeyer
julho14/ 2016

Um caminhão atropelou uma multidão de pedestres que participavam dos festejos da Festa Nacional de 14 de Julho em Nice, no sul da França. Segundo o Ministério Público francês, ao menos 70 pessoas já morreram e mais de 100 ficaram feridas.

O impresso francês Le Figaro fala em 75 mortes e que granadas e fuzis teriam sido encontrados dentro do caminhão, informação ainda não confirmada pelas autoridades. Há relatos de troca de tiros entre a polícia e pelo menos um ocupante do caminhão, que teria sido abatido. O ataque aconteceu no momento em que os moradores da cidade e turistas acompanhavam a queima de fogos de artifícios no centro da cidade.

A administração regional de Alpes-Maritimes, da qual Nice é a capital, confirma a realização de um atentado por atropelamento por volta de 22h45 na Promenade des Anglais, no centro e coração turístico da cidade. As autoridades também orientaram a população a se manter em suas casas, interrompendo os festejos.

“Caros moradores de Nice, o motorista de um caminhão parece ter feito dezenas de mortos. Mantenham-se em seus domicílios. Mais informações em alguns minutos”, advertiu o presidente da região Alpes-Maritimes, Christian Estrosi, via Twitter.

A França vivia na noite de ontem sua festa nacional, em comemoração à tomada da Bastilha, marco da Revolução Francesa, em 1789. Em entrevista especial concedida no início da tarde, François Hollande reiterou que a ameaça de atentados terroristas, em especial de militantes do grupo jihadista Estado Islâmico, continuava elevada.

O chefe de Estado anunciou que manteria o nível de alerta máximo – “Alerta Atentado” –, que determina a mobilização das forças de ordem, mas anunciou a intenção de revogar o Estado de Emergência, que está em vigor no país desde a madrugada de 13 para 14 de novembro de 2015, quando dos atentados de Paris e Saint-Denis que deixaram 130 mortos.

“A ameaça terrorista não é menos importante”, advertiu Hollande, reconhecendo no entanto que o país precisava sair do regime de exceção, de forma a retornar ao funcionamento normal das instituições.

A França vem sendo o país mais visado pelos atentados do grupo Estado Islâmico. Em 7, 8 e 9 janeiro de 2015, 17 pessoas morreram em Paris e Montrouge, e em 13 de novembro de 2015, outras 130 pessoas foram mortas na capital e em Saint-Denis.

Janine Niedermeyer