Assim como mais de 80% dos municípios, Venâncio Aires segue com falta de medicamentos

Olá Jornal
julho20/ 2022

Venâncio Aires enfrenta falta de medicamentos assim como mais de 80% dos municípios brasileiros entrevistados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento feito com 2.469 prefeituras mostra o cenário do desabastecimento de medicamentos nas cidades. A pesquisa constatou que mais de 80% dos gestores relataram sofrer com a falta de remédios para atender a população.

No município são três medicações que estavam em falta até esta segunda-feira, 18, todos relacionados ao tratamento de gripes, resfriados e quadros alérgicos de rinite e sinusite. São eles: Amoxilina com Clavulanato, Prednisona e Beclametasona (spray nasal). A lista diminuiu desde o último levantamento realizado pelo Olá Jornal em 09 de junho, quando faltavam cinco medicamentos geridos pelo Município. O que ainda se mantém na lista é o spray nasal.

Já de responsabilidade de fornecimento do Estado, a lista aumenta sendo de difícil mensuração por falta de dados sistematizados do governo estadual. Mas de acordo com a rotina da farmácia municipal, pelo menos sete remédios estão em falta sendo a maioria de saúde mental: Quetiapina de 25mg e 100mg; Clozapina de 25 mg; Raloxifeno de 60mg; Galantamina de 8 mg e 16mg; Respiradona Líquida; Atorvastatina de 10mg e 80 mg e Levotiracetam de 250 mg.

A coordenadora da Farmácia Municipal, farmacêutica Natasha Artus, reforça que o fornecimento destas medicações não são de responsabilidade do município que apenas faz o encaminhamento dos processos e repassa os remédios que são enviados pelo Estado e União. “Depois dos processos eles vão mandar as medicações, mas tem muita medicação que está em falta, e dependemos da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde repassar pra gente, pois toda medicação vai para Santa Cruz e de Santa Cruz é distribuída para os municípios”, explica.

PELO PAÍS
A CNM sugeriu às prefeituras que alegaram problemas na insuficiência de medicamentos para elencar os tipos de remédios da lista básica de uma listagem pré-estabelecida na pesquisa. Nesse contexto, a falta de amoxicilina (antibiótico) foi apontada por 68% (1.350) dos Municípios que responderam a esse questionamento. A ausência de Dipirona na rede de atendimento municipal (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) foi apontada por em 65,6%, ou 1.302 cidades.

A Dipirona injetável esteve na resposta de 50,6% e a Prednisolona, utilizada no tratamento de alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares e doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias, foi destaque por 45,3%. A maioria dos gestores (44,7%) informou que a falta dos medicamentos se estende entre 30 e 90 dias, enquanto 19,7% relataram o problema ser crônico pelo fato de o desabastecimento se estender por mais de 90 dias.

INSUMOS
Além da falta de medicamentos em serviços que cuidam das questões básicas ou menos complexas, a CNM quis saber se faltam insumos nos Municípios, ou seja, seringas, gazes, agulhas e ataduras. Esses materiais são de uso de descarte que se relacionam com o cuidado de baixa complexidade. Sobre esse ponto, 28,5% registraram a falta de pelo menos algum desses insumos.

Olá Jornal