Área de tabaco desta safra será a segunda menor da história

Olá Jornal
janeiro18/ 2021

A atual safra de tabaco terá a segunda menor área plantada da história. Com 273.256 hectares, o período perde apenas para o ano de 2016 quando foram plantados 271.070 hectares, dentro da série histórica anual da Afubra iniciada em 2005. A área deste ano está 5.87% menor do que a da safra passada quando foram plantados 290.397 hectares de tabaco.

O presidente da Afubra, Benício Werner, explica que os produtores estão mais cautelosos devido a oscilação de preços provocada pela oferta e demanda. “Não adianta aumentar o plantio se há menos cigarros, é preciso equilibrar”, avalia. Além disso, a insatisfação dos produtores com os preços praticados na safra passada, considerados abaixo do esperado, reflete na lavoura com a decisão de plantar menos.

As entidades representativas dos agricultores também têm conscientizado a classe a estar atenta à principal lei do mercado, de oferta e demanda, incentivando-os a reduzir a área plantada. Mesmo assim, Werner ressalta que o produtor é livre para tomar suas próprias decisões de acordo com a sua realidade, no entanto, o dirigente percebe que há um entendimento por parte do produtor de que o equilíbrio é necessário para o bem de todos.

PLANTIO
O plantio de tabaco no Brasil oscila entre aumentos e reduções de área ao longo dos anos. Tem sido assim desde o início da série histórica anual da Afubra, em 2005. Mas é também a partir de 2016 que o cultivo deixou de ultrapassar a marca de 300.000 hectares, a qual vinha sendo superada ao longo de 11 anos.

Preço, intempéries climáticas e demanda são alguns fatores levados em consideração pelos agricultores e que justificam as constantes diferenças de área plantada ano após ano. O presidente da entidade lembra que em 2016 a redução em 37.190 hectares comparada a 2015, quando foram plantados 308.260 hectares, ocorreu pela frustração do produtor frente ao posicionamento das empresas que não mantiveram os preços do início ao fim da safra.

“O preço pago na época caiu de R$ 7,28 para R$ 7,13 o quilo no início da comercialização. Mas no final da safra, como houve falta de fumo, as empresas chegaram a pagar R$ 9,96 o quilo. Isso frustrou o produtor que passou a plantar menos no ano seguinte”, explica Werner.

Olá Jornal