Após um mês, Eduardo Kappel fala na tribuna sobre investigação dos áudios

Guilherme Siebeneichler
novembro01/ 2017

Durante quatro sessões a Câmara de Vereadores não teve período de comunicações, quando os parlamentares ocupam a tribuna livre. Neste período foram realizadas sessões solenes, com tribuna para prefeito e vice, além de participação da comunidade. Para a bancada de oposição, a falta de espaço para a discussão das acusações enfrentadas por Eduardo Kappel (PP), contou com articulação do Governo Municipal. O progressista se defendeu, afirmando que a situação envolvendo suposta venda de decisões judiciais diz respeito a sua vida particular. “Mas vou responder a todas as investigações,” destacou nesta segunda-feira, 30.

A bancada do PDT encaminhou pedido de análise da situação a Comissão de Ética do Legislativo Municipal. Após 30 dias, Kappel que é o ouvidor da Casa, ou seja recebe os pedidos do tipo, se declarou impedido, já que está envolvido diretamente na investigação. Desta forma, a Mesa Diretora terá que escolher outro vereador para ocupar o cargo.
“Não vou tirar licença, irei responder a esse processo na Comissão de Ética e se houver processo no judiciário também irei responder. Adianto que não serei condenado e, se for, vou cumprir a determinação,” revelou o vereador do PP.

O parlamentar também classificou a ação como uma atitude política. “A negociação dos honorários é minha, eu tenho a liberdade de definir o valor. Agora o que me chateou mesmo foi a relação pessoal com o meu irmão. Mas isso será uma coisa que vou resolver com ele, espero que me perdoe,” destacou.

A vereadora Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT), líder do partido, questionou a demora para posicionamento da Câmara, após o pedido de análise na Comissão de Ética. “A impunidade é a mãe da corrupção. Nunca fugimos do debate no PDT. No meu entendimento essa questão precisa ser acompanhada dentro da Câmara. Essa Casa teve a sua imagem afetada.”

E encerrou dizendo que espera apuração dos fatos. “Se é verdade ou não, é preciso que se apure os fatos. Eu exijo que essa Casa se posicione,” afirmou.

Além da OAB/RS confirmar que a situação será averiguada pelo Tribunal de Ética da entidade, o Ministério Público também investiga o caso.

Guilherme Siebeneichler