Ao longo de 10 anos produção de soja em Venâncio cresceu mais de seis vezes

Olá Jornal
fevereiro18/ 2021

A produção de soja tem ganhado espaço em Venâncio Aires, cidade tradicionalmente com lavouras ocupadas de milho, arroz e tabaco. Em 10 anos, a produção de soja foi ampliada em seis vezes. A atração para exportação e demanda do mercado são alguns dos caminhos apontados para este crescimento acentuado. Em 2009, por exemplo, foram produzidos em Venâncio Aires, 2.028 toneladas com o grão. Em 2019 foram colhidos nos campos venâncio-airenses 13.500 toneladas.

Na atual safra, 2020/21, a projeção do escritório local da Emater/Ascar, é de alcançar 14 mil toneladas produzidas. Os dados ainda estão sendo fechados, junto com as informações de outras culturas agrícolas.

Com aumento de produção, consequentemente cresce o valor arrecadado com a comercialização. Em 10 anos, o valor arrecadado também registrou aumento significativo. Se em 2009 o valor de produção foi de R$ 811 mil, o ano de 2019 fechou em R$ 15.023 milhões. O maior crescimento foi verificado entre 2015 e 2016, quando foram vendidos R$ 6,6 milhões e R$ 11.028 milhões, respectivamente.

“A soja tem interesse global e ganha espaço também nas lavouras de Venâncio Aires. O mercado tem demanda para este produto, que em especial ao longo de 2020 registrou valorização acima das expectativas. É uma tendência de crescimento no município enquanto houver aquecimento das exportações do grão,” explica o chefe do escritório local da Emater/Ascar, engenheiro agrônomo Vicente Fin.

ÁREA
A área plantada com soja no município, nos 10 últimos anos também mais que triplicou. Em 2009 ela representava 780 hectares. Já em 2019, a cultura agrícola ocupou 3.750 hectares. A previsão da Emater é de alcançar na atual safra, 2020/21 os 4 mil hectares.

CRESCE NO RS
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou em outubro a sua primeira estimativa para a safra de soja 2020/21 do Brasil. Para a entidade, o país tem potencial para produzir até 133,6 milhões de toneladas de soja nesta temporada, puxado principalmente por uma recuperação no Rio Grande do Sul e um grande aumento de produção em Mato Grosso do Sul. Segundo a entidade, a área com a oleaginosa deve ocupar, nesta nova safra, um total de 37,8 milhões de hectares, 2,5% a mais que a safra 2019/2020.

Claro que reflete na produção final do país, que deve crescer 7,1% nesta safra chegando a 133,6 milhões de toneladas, contra os 124,8 milhões de toneladas da última temporada. Neste quesito, é natural que o Rio Grande do Sul também seja quem mais irá aumentar a produção, prevista para chegar em 19,4 milhões de toneladas, 70% a mais que as 11,4 milhões de toneladas produzidas em 2019/2020. Isso porque, a safra passada, o estado foi afetado pela estiagem.

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