Agricultores vão gerar mais de R$ 400 milhões em receitas no município ao longo de 2022

Olá Jornal
julho27/ 2022

A movimentação de riquezas a partir do campo é destaque em todo o país. Em Venâncio Aires, o Valor Bruto de Produção Agrícola (VBPA) está em crescimento em 2022. O PIB Agrícola passa pelas mãos de famílias ligadas à produção de alimentos, animais, tabaco e grãos. Nesta quinta-feira, 28, é celebrado o Dia do Agricultor, data importante para reflexão e busca por informação. É a partir deste empreendedor do campo, que devem passar mais de R$ 400 milhões em receitas ao longo de 2022, segundo dados da Emater/Ascar.

Até junho, o setor agropecuário de Venâncio Aires já movimentou mais de R$ 263,9 milhões. Para o ano, as riquezas geradas no campo devem ultrapassar os R$ 413,6 milhões de 2021. A expectativa é de crescimento de até 5%, frente ao resultado do ano anterior, segundo projeção do chefe do escritório local da Emater, engenheiro agrônomo Vicente Fin. “A projeção atual é de R$ 390,9 milhões, mas temos muitas culturas que devem registrar crescimento até o fim do ano. Mas teremos um aumento superior a 5%, porque culturas importantes ainda irão contabilizar valores maiores que os projetados,” explica.

CRESCIMENTO
A geração de riquezas no campo tem desafios para o futuro que envolve a sucessão rural. No último levantamento de safra, as propriedades produtoras de tabaco tiveram redução de 23% no município. O dado leva em consideração produtores que pararam de plantar. O dado por si só já é um alerta sobre a continuidade nas lavouras. Conforme a Emater, estas propriedades rurais foram arrendadas, vendidas ou até mesmo não contam com plantações.

“Esse percentual já significa que há falta de sucessão rural. Famílias que já encaminharam os filhos dentro das propriedades estão conseguindo realizar o processo de inclusão dos jovens, isso garante a continuidade das lavouras e a diversificação,” destaca Fin.

A diversificação das propriedades, segundo o engenheiro agrônomo, é um ponto positivo no meio rural, garantindo a permanência do jovem no campo. “Àquelas famílias que diversificaram tiveram até dois filhos nas propriedades, garantindo a continuidade da produção,” comenta.

CUSTOS
Insumos e custos para plantar também são desafios para os jovens permanecerem no meio rural. “O produtor tem rentabilidade, mas precisa investir muito para o cultivo e compra de máquinas. Isso acaba dificultando a permanência do produtor, em especial dos mais jovens. Não é só a geração de renda, as margens são apertadas, o que acaba dificultando a produtividade,” afirma Vicente.

No mesmo sentido, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) também tem apontado a geração de renda aos produtores como fator importante na sucessão das propriedades. “É preciso garantir renda para o produtor, para o jovem seguir no campo. Com o crescimento de custos e insumos, a produção rural corre um sério risco de ver a mão de obra ficar cada vez mais escassa,” destaca o vice-presidente da Afubra e engenheiro agrônomo, Marco Antônio Dornelles.

FOTO: Divulgação/AI SindiTabaco

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