Afubra vai defender em audiência cigarro eletrônico que utiliza tabaco

Olá Jornal
julho13/ 2019

No dia 08 de agosto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza a primeira audiência pública para discutir a legalização do cigarro eletrônico no Brasil. A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) deve participar das discussões, representando os produtores, e vai defender a liberação dos dispositivos de fumar eletrônicos que utilizam tabaco na composição, e não os mais comuns, com essências de nicotina.

O modelo defendido já é utilizado nos mercados da Europa, Ásia e Estados Unidos, pelas maiores companhias cigarreiras, como a Philip Morris, JTI e Souza Cruz (BAT). Neste caso o aparelho possui um cigarro especial que é aquecido, mas não queima. Este é o modelo que será defendido pela Afubra, já que garante a continuidade da produção e pode inclusive agregar renda aos agricultores, com um tabaco especial e de melhor qualidade.

“Este modelo já é utilizado nos países que autorizam a comercialização de dispositivos eletrônicos. Os cigarros que utilizam líquidos de nicotina ainda não se tem a certeza da forma que são produzidos e se utilizam de fato folhas de tabaco para extração do produto,” explica o presidente da entidade Benício Albano Werner.

Para o dirigente o debate precisa levar em consideração também a cadeia produtiva já instalada. “Este produto também precisa levar em consideração toda a cadeia produtiva. Vamos defender isso, para garantir a sustentabilidade dos produtores, já que os cigarros eletrônicos com cápsulas não sabemos se são sintéticos ou se utilizam produtos vegetais,” argumenta.

AUDIÊNCIA
A agência reguladora fará discussões sobre os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), mais conhecidos como cigarros eletrônicos, o encontro ocorre no próximo mês em Brasília. Uma segunda audiência deve ser realizada até setembro no Rio de Janeiro, ainda sem local e data para ser realizada. A ideia é que todos os interessados possam participar e trazer seus pontos de vista, tanto aqueles que fomentam o combate ao tabagismo, quanto os que têm interesses em explorar o mercado no país, já que a importação e a venda do produto foram proibidas em 2009.

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